segunda-feira, 7 de abril de 2008

Suicídio Juvenil


Os suicídios verificam-se frequentemente em idades que marcam fronteiras na existência: a puberdade, a adolescência, e entre a maturidade e a velhice. Por vezes as tentativas de suicídio são preparadas inconscientemente de tal modo que o suicida pode ser salvo a tempo.

Um profundo estudo realizado nos Estados Unidos demonstrou que 50% de todas as tentativas de suicídio entre os adolescentes são realizadas como consequência do mau ambiente familiar.
Os conflitos que geram conflitos; as agressões físicas sobre as crianças; os gritos apavorantes com que as repreendem (uma forma de libertar os adultos frustrados e desencontrados das suas misérias interiores), provocam uma grave desorganização na personalidade em crescimento na criança, e desequilibra duma forma contínua o seu sistema nervoso central.

Alguns psicanalistas afirmam que o suicida adolescente não se apercebe totalmente da natureza da morte, e para ele o suicídio é um grito angustiantemente desesperado que reclama ajuda e atenção ou também uma forma de vingança sobre o mundo que o torturou e o lançou no caos.

Estudos sobre o suicídio têm demonstrado que muitos e muitos jovens estão em estado de depressão profunda. Psiquiatras e psicanalistas consideram que o ponto de maior risco no suicídio não coincide com o auge da depressão, situação psíquica caracterizada por desmotivação, desinteresse, por uma letargia e lentidão de raciocínio, um adormecimento em relação à realidade, que o jovem gradualmente procura ignorar, mas sim o maior risco inicia-se quando a inactividade começa a tornar-se menos acentuada. A realidade que rejeita começa a vislumbrar-se e a necessidade de fuga ou de chamamento de atenção é mais radical. A ideia do suicídio começa a agravar-se e a apoderar-se cada vez com mais força da mente do jovem em perfeito estado de revolta e solidão.

Inconscientemente o suicida quer castigar aqueles por quem se sente mal amado. Ele tenta arrastar o "outro" ou outros na sua morte. Tem uma necessidade de culpar, por vezes inconscientemente. Temos como exemplo Vicent Van Gogh que já em criança e depois na adolescência atingiu o auge do sofrimento humano que se prolongou incessantemente até atingir a loucura. Van Gogh entre um período de lucidez e as descompensações da doença que o levaram a matar-se escreveu: "O suicídio faz com que os amigos e familiares se sintam seus assassinos".

Em todo o mundo suicidam-se diariamente 2000 pessoas. Nos Estados Unidos, por exemplo, o número oficial de mortes por suicídio é de 30 000 por ano ou quase 100 por dia.

É curioso saber que as mulheres quer adolescentes ou adultas fazem 3 vezes mais tentativas de suicídio que os homens. No entanto de um modo geral, é mais grave no sexo masculino, porque, por razões ainda não inteiramente esclarecidas o homem tem tendência a matar-se com armas de fogo, afogamento, por enforcamento, ou saltando de grandes altitudes, enquanto que o sexo feminino recorre mais ao envenenamento.

4 comentários:

Anônimo disse...

Essa frase do Van Gogh me pareceu muito verdadeira.. nossa!! Concordo que normalmente se busca o suicídio não pela vontade de morrer, mas pra chamar atenção, pra gerar culpa em alguém..
São muito tristes essas estatísticas... o pior é que não foram mortes que deram fim em um sofrimento, pelo contrário, só criaram mais sofrimento...

Dipamkara disse...

Pois é... Achei muito legal esse texto, recebi por email... li reduzi e fiz umas adaptações... Falando nesse assunto, vc já ouviu falar num documentário chamado "The Bridge" ? Ouvi dizer q é muito bom e fala extamente sobre isso, das razões para o suicídio... e em qualquer idade, tanto q o trailler do documentário é um senhor bem idoso se jogando de uma ponte...
Essa cena por sinal, me marcou muito..achei linda e profundamente triste ao mesmo tempo... eu já tentei por alguns segundos me colocar no lugar de pessoas q cometem esse tipo de ato e deve ser muito transtornante... eu particularmente sou um pouco curiosa por esse tema... Talvez pq qnd era pequena perdi uma amiga dessa forma, e é engraçado essa questão da culpa.. a gente realmente acha q tem culpa, sabe? "Pq eu não notei..." ou "Devia ter feito alguma coisa pra evitar...', Sei lá...

Anônimo disse...

Eu não conheço esse documentário, não, Pri! Será que tem pra ver na internet? Se jogar de uma ponte pode ser chamado de um exemplo clássico de suicídio, não é? Por isso o nome ser The Bridge! Deve ser muito bom!!!
Eu não sabia que vc tinha perdido uma amiga dessa forma. Se você se sentir confortável falando do assunto, adoraria ler um post sobre isso!

Dipamkara disse...

Em breve um post aqui sobre isso
=D
Na verdade tem duas experiencias que eu tive relacionadas a morte, que me tocaram muito e talvez tenham me feito ver muita coisa de forma diferente...
Enfim.. assim q eu tiver um tempinho pra esctrever um pouco mais posto aqui ;)